tag:blogger.com,1999:blog-23140440525584975132024-03-05T05:17:13.443-03:00LibertasUnknownnoreply@blogger.comBlogger17125tag:blogger.com,1999:blog-2314044052558497513.post-15910899802206133892012-03-29T19:26:00.001-03:002012-03-29T19:56:31.606-03:00Dia triste<div style="text-align: justify;">
Ontem (28.03), faleceu a Laila de 11 anos, netinha do Antônio. Toda equipe ficou muito triste com a notícia, morte repentina e ainda de uma criança, mexe com qualquer um.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É claro que falamos sobre isso o dia todo, mudança de planejamento, buscamos uma forma de apoiá-lo... porém, num determinado momento, surgiu o assunto gravidez.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dentre tantos relatos, focados sempre no medo, amor e ansiedade, vou relatar (com as palavras que recordo) apenas um:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #666666;">"Você não tem idéia do medo que senti... não deixava minha esposa perceber, porque já bastava o medo dela. Nossa única preocupação era que nossa filha nascesse saudável e no dia do exame eu fiquei doido, fiz tudo errado.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><br />O médico disse que teria que levar apenas um DVD, me planejei todo para no dia poder acompanhá-la. Quando estava próximo do horário, fui para a clínica, no caminho percebi que tinha esquecido o DVD na empresa. Não dava tempo de voltar, então fui comprar outro.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><br />No supermercado estava tão aflito com receio de perder o horário, que peguei a primeira mídia que vi e fui para o caixa. Sem trocado, passei no débito e errei a senha até bloquear o cartão. Quando consegui comprar, finalmente fui para a clínica. Só quando cheguei, percebi que comprei um CD no lugar do DVD, não serviu pra nada.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><br />Isso foi pouco, só eu sei o que passei durante os 09 meses com minha mulher. Filmei o parto e acompanhei cada passo dos enfermeiros. E o medo de trocarem minha filha? Tinha que ter certeza né? Agora, passar por tudo isso pra depois não ver a minha filha crescer, por causa de uma morte de forma estúpida? Prefiro nem pensar."</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
De forma "inconsciente", os meninos optaram por falar sobre a vida e sobre como foi especial o momento da gravidez de suas esposas. Mas depois o silêncio voltou e assim permanecemos por um longo tempo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nossa única certeza é que o Antônio perdeu um pedaço do coração e precisa do nosso carinho.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2314044052558497513.post-8140994214345669622010-11-17T21:56:00.007-02:002011-10-13T16:25:30.368-03:00Quem disse que seria fácil?<div style="text-align: justify;">Faz umas semanas que estou pesquisando sobre... hmm.... nah, sobre um tema aí. Hoje decidi "apresentar" o resultado desta pesquisa e algumas idéias que surgiram após análise dos dados. Viu só, nós de tecnologia também criamos, que história é esta de que não temos conteúdo? rs E aí Google? Você que é a maior incubadora de ideias dos últimos tempos, vai deixar falar assim da gente é? Tem que ver isso aí!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pois bem, aprovação: 0%. Antes de falar, ainda pensei, se eu que sou uma das mais conservadoras da área, entendo esta nova necessidade, qualquer um vai aceitar fácil. Só que não funciona assim. O engraçado foi escutar: "Isto daria certo com publicitários, funcionários de empresas de tecnologia tem outro perfil" (obviamente lembrei de todos os publicitários que sigo no twitter, ou seja, que karma hahaha).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Fiquei triste. Claro que não é a primeira ideia que foi arquivada, mas acho que mesmo se eu tivesse 90 anos, ficaria triste do mesmo jeito. Cada ideia é única (até as mais tolas), logo, a sensação de "onde errei?" será sempre como a da primeira vez.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
Para minha surpresa (algumas horas depois), uma pessoa que não estava na reunião (mas que deveria estar) e que não sabia o que discutimos, me ligou e perguntou qual era meu msn (???). Informei o email, só que estranhei e fui lá verificar. Quando o encontrei, estava todo entretido configurando seu novo messenger e disse: "Quero criar um twitter também, amanhã você me ajuda? Acho moderno ter twitter, não é Ellen?". Foi surreal, só respondi que sim.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Como se não bastasse, ele foi além do messenger e do twitter. Durante a conversa, fez o seguinte comentário: "Disse para a professora da minha filha que está tudo errado. Falei mesmo! Eles querem ensiná-la da mesma forma como aprendi! Aquela escola precisa rever tudo, porque as crianças de hoje são diferentes. O pior é que não vai adiantar mudá-la de escola porque todas são assim." Uma pequena ressalva: a filha dele tem dois anos e adora brincar com os apps do iPhone.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Falei apenas que a observação dele era motivo de uma antiga e eterna discussão entre educadores, infelizmente.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Esta pessoa é um grande profissional, só que não usa gravata, nunca cursou uma universidade, é muito simples, do interiorrr e quem olha não fala que ele tem uma empresa.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Conversar com ele valeu o dia, valeu até o não que eu levei. Não que isto seja importante para alguém, mas eu quis compartilhar mesmo assim.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2314044052558497513.post-69955553627886170582010-10-14T16:50:00.009-03:002011-08-27T14:39:51.368-03:00The History of Art<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHLemLjuIrlmRFgbctBFnTtidwPNakHj67DQnBnrSYVZLok_fdbyDfA7p38Ryqo9b_wmuyHbWTmGreecZruhESpB1GGxwkIrHT_ZEKfc4bbm55wRJJ-UBsdo89XonYEnHTl37J-gaEUoUU/s1600/history_art.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHLemLjuIrlmRFgbctBFnTtidwPNakHj67DQnBnrSYVZLok_fdbyDfA7p38Ryqo9b_wmuyHbWTmGreecZruhESpB1GGxwkIrHT_ZEKfc4bbm55wRJJ-UBsdo89XonYEnHTl37J-gaEUoUU/s400/history_art.jpg" width="300" /></a></div><br />
<br />
do <a href="http://shereshevsky.wordpress.com/2010/04/28/the-history-of-art/">Blog Barry Shereshevsky</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2314044052558497513.post-90904252072933285662010-10-12T21:25:00.009-03:002011-08-27T14:10:28.227-03:00The Schueberfouer<div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><iframe frameborder="0" height="385" src="http://player.vimeo.com/video/15103655" width="480"></iframe></div><br />
Belas imagens feitas num Parque de Luxemburgo, próprio para o dia de hoje.<br />
<br />
Vídeo by <a href="http://vimeo.com/vituc">Vitùc</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2314044052558497513.post-45175408207750199932010-09-30T20:08:00.004-03:002011-08-27T14:30:24.973-03:00Da série: tô falando sozinhaA letra já diz tudo.<br />
Dica do mestre <a href="http://twitter.com/Zeluiznogueira">@ZeLuizNogueira</a><br />
<br />
<div style="text-align: center;"><br />
<iframe frameborder="0" height="340" src="http://player.vimeo.com/video/6836208" width="560"></iframe></div><br />
<br />
<br />
<span style="font-size: small;"><b>Ya no se que hacer conmigo</b></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><i>El Cuarteto de Nos</i></span><br />
<br />
Ya tuve que ir obligado a misa, ya toque en el piano "Para Elisa"<br />
ya aprendí a falsear mi sonrisa, ya caminé por la cornisa.<br />
Ya cambié de lugar mi cama, ya hice comedia ya hice drama<br />
fui concreto y me fui por las ramas, ya me hice el bueno y tuve mala fama.<br />
<br />
Ya fui ético, y fui errático, ya fui escéptico y fui fanático<br />
ya fui abúlico, fui metódico, ya fui impúdico y fui caótico.<br />
Ya leí Arthur Conan Doyle, ya me pasé de nafta a gas oil.<br />
Ya leí a Bretón y a Moliere, ya dormí en colchon y en somier.<br />
Ya me cambié el pelo de color, ya estuve en contra y estuve a favor<br />
lo que me daba placer ahora me da dolor, ya estuve al otro lado del mostrador.<br />
<br />
Y oigo una voz que dice sin razón<br />
"Vos siempre cambiando, ya no cambiás más"<br />
y yo estoy cada vez más igual<br />
Ya no se que hacer conmigo.<br />
<br />
Ya me ahogué en un vaso de agua , ya planté café en NIcaragua<br />
ya me fui a probar suerte a USA, ya jugué a la ruleta rusa.<br />
Ya creí en los marcianos, ya fui ovo lacto vegetariano.<br />
Sano, fui quieto y fui gitano, ya estuve tranqui y estuve hasta las manos.<br />
Hice el curso de mitoligía pero de mi los dioses se reían.<br />
orfebrería lo salvé raspando y ritmología aqui la estoy aplicando.<br />
Ya probé, ya fumé, ya tomé, ya dejé, ya firmé, ya viajé, ya pegé.<br />
Ya sufrí, ya eludí, ya huí, ya asumí, ya me fuí, ya volví, ya fingí, ya mentí.<br />
Y entre tantas falsedades muchas de mis mentiras ya son verdades<br />
hice fácil adversidades, y me compliqué en las nimiedades.<br />
<br />
Y oigo una voz que dice con razón<br />
"Vos siempre cambiando, ya no cambiás más"<br />
y yo estoy cada vez más igual<br />
Ya no se que hacer conmigo.<br />
<br />
Ya me hice un lifting me puse un piercing, fui a ver al Dream Team y no hubo feeling<br />
me tatué al Che en una nalga, arriba de mami para que no se salga.<br />
Ya me reí y me importó un bledo de cosas y gente que ahora me dan miedo.<br />
Ayuné por causas al pedo, ya me empaché con pollo al spiedo.<br />
<br />
Ya fui psicólogo, fui al teólogo, fui al astrólogo, fui al enólogo<br />
ya fui alcoholico y fui lambeta, ya fui anonimo y ya hice dieta.<br />
Ya lancé piedras y escupitajos, al lugar donde ahora trabajo<br />
y mi legajo cuenta a destajo, que me porté bien y que armé relajo.<br />
<br />
Y oigo una voz que dice sin razón<br />
"Vos siempre cambiando, ya no cambiás más"<br />
y yo estoy cada vez más igual<br />
Ya no se que hacer conmigo.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2314044052558497513.post-41019395342971430492010-09-20T16:09:00.004-03:002011-08-27T14:40:28.636-03:00Followers...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://macmagazine.com.br/wp-content/uploads/2010/09/17-radicci-550x190.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="135" src="http://macmagazine.com.br/wp-content/uploads/2010/09/17-radicci-550x190.jpg" width="400" /></a></div>via <a href="http://macmagazine.com.br/2010/09/17/radicci-seguidores-de-steve-jobs/">MacMagazine</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2314044052558497513.post-53168784853747462802010-08-30T10:54:00.004-03:002012-03-29T15:52:34.114-03:00Uma tira para a segunda-feira<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.almirdefreitas.com.br/blog/wp-content/uploads/2010/08/Calvin.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://www.almirdefreitas.com.br/blog/wp-content/uploads/2010/08/Calvin.jpg" width="640" /></a></div>by Blog do Almir de Freitas da <a href="http://bravonline.abril.com.br/blog/blog_almir.shtml">Bravo!</a>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2314044052558497513.post-77975058734474561732010-08-24T14:43:00.003-03:002012-03-28T22:02:08.935-03:00CensuraEstamos em que ano mesmo?<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjHOvc3tE6Si0u6uOEFnKAvJbU1Hz9HkgbpxcNhmHnjmbYIuGeyzbzRko-Mkb6SKcsxiVoRL1_BDlYs7CFqccCyiPaFxc0s8rURqMhqfmQl5EkzlI0uDnJamAaxdLD3PMYidRTioEqBJ-I/s1600/censura.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjHOvc3tE6Si0u6uOEFnKAvJbU1Hz9HkgbpxcNhmHnjmbYIuGeyzbzRko-Mkb6SKcsxiVoRL1_BDlYs7CFqccCyiPaFxc0s8rURqMhqfmQl5EkzlI0uDnJamAaxdLD3PMYidRTioEqBJ-I/s400/censura.jpg" width="400" /></a></div>Folha de São Paulo - 14.12.2009<br />
by <a href="http://twitter.com/Angeli_">@Angeli_</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2314044052558497513.post-63727151057773129502010-08-10T23:10:00.009-03:002012-03-29T15:48:33.469-03:00A poesia do encontro<div style="text-align: justify;">Trecho inicial do dvd do livro de Elisa Lucinda e Rubem Alves.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
<b>Fragmento 01 por Rubem Alves:</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">"Fernando Pessoa escreveu a declaração de amor mais bonita e mais profunda que eu conheço.</div><br />
<div style="text-align: center;"><i>Quando te vi amei-te já muito antes.</i></div><div style="text-align: center;"><i> Tornei a achar-te quando te encontrei.</i></div><br />
É uma sintaxe atrapalhada, mas o que ele está dizendo é:<br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eu já te amava numa imagem que morava em mim, de modo que encontrar com você não foi me encontrar com você. Foi me reencontrar com a coisa que eu já amava.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Essa é a experiência com a poesia, porque ela repentinamente revela uma imagem que já existia em nós.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">(...)</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Não é uma experiência de conhecer e sim de reconhecer. Você não se encontra, você se reencontra."</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2314044052558497513.post-33493490680283359052010-07-25T14:03:00.002-03:002011-08-26T14:37:24.455-03:00Cussy de Almeida<div style="text-align: right;"><span class="status-body"><span class="status-content"><span class="entry-content">"One machine can do the work of fifty </span></span></span></div><div style="text-align: right;"><span class="status-body"><span class="status-content"><span class="entry-content">ordinary men. No machine can do the</span></span></span></div><div style="text-align: right;"><span class="status-body"><span class="status-content"><span class="entry-content">work of one extraordinary man."</span></span></span></div><div style="text-align: right;"><i><span class="status-body"><span class="status-content"><span class="entry-content">Elbert Hubbard</span></span></span></i></div><br />
<br />
<div style="text-align: justify;"><span class="status-body"><span class="status-content"><span class="entry-content">Ontem a notícia mais triste do dia foi o falecimento do maestro, violinista e compositor <b>Cussy de Almeida</b>. Ele que durante anos encabeçou o projeto <a href="http://www.atitudecidada.com.br/reportagem.php?id=375">Orquestra Cidadã</a> nos deixou belas lembranças e uma grande lição de vida. Assumirá seu cargo de regente provisoriamente o </span></span></span>músico italiano Vittorio Ceccanti.</div><br />
Triste, este mês está bem complicado...<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;"><object height="385" width="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Hx35GAY0GxQ&hl=pt_BR&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/Hx35GAY0GxQ&hl=pt_BR&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object></div>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2314044052558497513.post-46311460744121238962010-07-19T01:14:00.007-03:002012-03-28T22:24:56.659-03:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span class="status-body"><span class="status-content"><span class="entry-content"><b>"Pobres dos saberes acadêmicos que eu e você aprendemos </b></span></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span class="status-body"><span class="status-content"><span class="entry-content"><b>e ensinamos! Como eles nos deixam desamparados diante </b></span></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span class="status-body"><span class="status-content"><span class="entry-content"><b>do Grande Mistério."</b> Rubem Alves</span></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkaX2HvDJUUBMLSYNvSQ6aXqe-dD_piJlLe0UtJTM9iyunm1jy7lW7zARmhgD8e_iitHSOqbnVXVAAkePgFdDKEtvDVTEpYzLcWRVBbftr6dk8i2vLb6Xk4W_btIjOsbCUnEBUIURJ0uOX/s1600/calvin.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="130" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkaX2HvDJUUBMLSYNvSQ6aXqe-dD_piJlLe0UtJTM9iyunm1jy7lW7zARmhgD8e_iitHSOqbnVXVAAkePgFdDKEtvDVTEpYzLcWRVBbftr6dk8i2vLb6Xk4W_btIjOsbCUnEBUIURJ0uOX/s400/calvin.gif" width="400" /></a><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">Dias atrás acordei pensando no Santo Scuderi (ex-matemático da Unisantos) e assim foi o dia inteiro. Ele infelizmente faleceu dois dias depois da minha avó em fevereiro de 2008. Até então desconhecia esse sentimento horrível e como a vida é uma escola, tive que aprender através de duas pessoas muito importantes pra mim e de uma vez só.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Na sexta passada, a mamãe ligou dizendo que minha tia Sandra (minha terceira mãe) estava desenganada pela medicina (cancer evoluído) e que teria só mais uns dias/horas de vida.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Intuição talvez, mas acredito que esta seja a explicação das lembranças do Scuderi. O problema é que não fiz a lição de casa direito, não sei lidar com este sentimento ainda... e pior, não sei ensinar sobre. Minha tia tem dois filhos, sendo o mais novo ainda muito pequeno. Como explicar a uma criança que a despedida da mãe dele será eterna? Não sei explicar a mim mesma a morte da minha avó e do meu professor até hoje!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Por muito tempo, não mexi em nenhum dos arquivos de prolog e as poucas vezes que tento encarar fico pensando em quem irá me ajudar já que pra mim, o Santo era o único gabaritado pra explicar sobre várias coisas. O único professor que nos contava sobre a vida dos matemáticos que fizeram história e o único que nos tirou do sério por inúmeras vezes (rs).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Minha avó era sábia. Acredito que a única que sempre me entendeu, mesmo com minhas manias e fobias (que não são poucas). Não irei estender porque já estou num rio de lágrimas, mas se eu que já tenho idade suficiente pra entender e não consigo, fico pensando nesta criança e em tantas outras que perderam sua mãe ou seu pai tão pequenos. Outros sequer chegaram a conhecer seus pais.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Me sinto uma incompetente por não poder ensiná-lo sobre e me sinto pior ainda quando penso que de três mães (mamãe, vovó e minha tia), apenas a minha mãe é quem estará comigo. Pensamento altamente egoísta, mas é o que sinto.</div><br />
<a href="http://www.rubemalves.com.br/cartaaumamigo.htm">Carta a um amigo - Rubem Alves</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2314044052558497513.post-71426163644093820572010-06-24T16:26:00.005-03:002012-03-28T22:21:38.697-03:00<b>Também temos saudade do que não existiu, e dói bastante.</b><br />
<i>Carlos Drummond de Andrade</i><br />
<br />
<br />
<br />
Já senti saudade de momentos, lugares, música... ah, tantas coisas! Mas é a primeira vez que sinto saudade de pessoas que não conheço, apenas "virtualmente". Como não sei descrever (eu e meu sério problema com as palavras), então deixarei a definição pra quem entende:<br />
<br />
<br />
Assim como falham as palavras quando querem exprimir qualquer pensamento, <br />
Assim falham os pensamentos quando querem exprimir qualquer realidade, <br />
Mas, como a realidade pensada não é a dita mas a pensada.<br />
<i>Alberto Caeiro</i><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.</div><i>Martha Medeiros</i><br />
<br />
<br />
A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar.<br />
<i>Rubem Alves</i><br />
<br />
<br />
Saudade é um dos sentimentos mais urgentes que existem.<br />
<i>Clarice Lispector</i><br />
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ai ai... :(Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2314044052558497513.post-85927694507973549392010-06-18T19:43:00.005-03:002012-03-28T22:19:29.750-03:00<b>"Os músicos utilizam de todas as liberdades que podem"</b><br />
<i>Beethoven</i><br />
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<div style="text-align: justify;">Não viveria sem música... e quando digo que gosto, refiro-me a todos os estilos. Antes que perguntem "até funk?", já adianto: estou falando de música!! Mas obviamente, tenho meu gênero preferido - música clássica.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ontem comentei sobre "Ode An Die Freude" no twitter e lembrei de um texto genial do Rubem Alves sobre este gênero:</div><div style="text-align: justify;"><br />
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</div><div style="text-align: justify;"><b>A alegria da música</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eu gosto muito de música clássica. Comecei a ouvir música clássica antes de nascer, quando eu ainda estava na barriga da minha mãe. Ela era pianista e tocava... Sem nada ouvir eu ouvia. E assim a música clássica se misturou com minha carne e meu sangue. Agora, quando ouço as músicas que minha mãe tocava, eu retorno ao mundo inefável que existe antes das palavras, onde moram a perfeição e a beleza.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em outros tempos, falava-se muito mal da alienação. A palavra "alienado" era usada como xingamento. Alienação era uma doença pessoal e política a ser denunciada e combatida. A palavra alienação vem do Latim alienum que quer dizer "que pertence a um outro". Daí a expressão alienar um imóvel. Pois a música produz alienação: ela me faz sair do meu mundo medíocre e entrar num outro, de beleza e formas perfeitas. Nesse outro mundo eu me liberto da pequenez e picuinhas do meu cotidiano e experimento, ainda que momentaneamente, uma felicidade divina. A música me faz retornar à harmonia do ventre materno. Esse ventre é, por vezes, do tamanho de um ovo, como na Reverie, de Schumann; por vezes é maior que o universo, como no concerto n. 3 de Rachmaninoff. Porque a música é parte de mim, pra me conhecer e me amar é preciso conhecer e amar as músicas que amo. Agora mesmo estou a ouvir uma fita cassete que me deu o Ademar Ferreira do Santos, amigo de Portugal. Viajávamos de carro a caminho de Coimbra. O Ademar pôs música a tocar. Ele sempre faz isso. Fauré, numa transcrição para piano. A beleza pôs fim à nossa conversa. Nada do que disséssemos era melhor que a música. A música produz silêncio. Toda palavra é profanação. Faz-se silêncio porque a beleza é uma epifania do divino. Ouvir música é oração. Assim, eu e o Ademar, descrentes de outros deuses, adoramos juntos no altar da beleza. Terminada a viagem, o Ademar retirou a fita e m’a deu. "É sua", ele disse de forma definitiva. Protestei. Senti-me mal, como se fosse um ladrão. Mas não adiantou. Há gestos de amizade que não podem ser rejeitados. Assim, trouxe comigo um pedaço do Ademar que é também um pedaço de mim.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A música clássica dá alegria. Há músicas que dão prazer. Mas a alegria é muito mais que prazer. O prazer é coisa humana, deliciosa. Mas é criatura do primeiro olho, onde moram as coisas do tempo, efêmeras, que aparecem e logo desaparecem. A alegria, ao contrário, é criatura do segundo olho, das coisas eternas que permanecem. Superior ao prazer, a alegria tem o poder divino de transfigurar a tristeza. Haverá maior explosão de alegria do que a parte final da Nona Sinfonia? E, no entanto, a vida de Beethoven chegava ao fim, marcada pela tristeza suprema de não poder ouvir o que mais amava, a música. Estava totalmente surdo. Mas é precisamente dessa tristeza que nasce a beleza. No último movimento, Beethoven faz o coro cantar a Ode à Alegria, de Schiller. Sempre que a ouço imagino Beethoven de pé sobre um alto rochedo à beira mar. O céu está negro. O mar ruge furioso. Respingos e espumas molham a sua roupa. Mas ele parece ignorar a fúria da natureza. Sorri, abre os braços e rege... o mar. A tempestade não cessa, continua. Mas a fúria se põe a cantar a alegria! Abre-se uma fresta nas nuvens negras através da qual se pode ver o céu azul...</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A Nona Sinfonia me faz triste-alegre. Essa é a magia da beleza: ela é um triunfo sobre a tristeza. Feiticeira, a beleza é o poder mágico que transforma a tristeza-triste em tristeza-alegre... É só por isso que eu a quero ouvir vezes sem conta. Porque a vida é triste. E nisso está a honestidade da música clássica: ela não mente. Se soubéssemos disso, se sentíssemos a tristeza da vida, seríamos mais mansos, mais sábios, mais bonitos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Meu outro amigo português, professor José Pacheco, pastor da Escola da Ponte... (Ele se recusa a ser chamado de diretor. Por isso o chamo de "pastor", aquele que ama e cuida das ovelhas, as crianças. Não seria bonito se os professores se vissem como pastores de crianças?)... conversando comigo sobre a música de Ravel, me dizia que, por vezes, ele fica tão "possuído" que ouve um mesmo CD vezes repetidas, sem parar, não deseja ouvir outro. Comigo acontece o mesmo. A beleza produz uma "compulsão à repetição". Kierkegaard dizia que um amante seria capaz de falar sobre sua amada dias a fio sem se cansar, repetindo as mesmas coisas. Falamos para transformar a ausência em presença. Ao escrever essas linhas, estou tornando presente aquela viagem com o Ademar, a caminho de Coimbra, ouvindo Fauré. E estou de novo com o José Pacheco, conversando sobre Ravel e bebendo vinho.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Há músicas que contêm memórias de momentos vividos. Trazem-nos de volta um passado. Lembramo-nos de lugares, objetos, rostos, gestos, sentimentos... Aquele hino Deus vos guarde pelo seu poder provocará sempre, Jether, a memória do barco seguindo o navio. Lembrar-se do passado é triste-alegre... Alegre porque houve beleza de que nos lembramos. Triste porque a beleza é apenas lembrança... Não mais existe. Mas há músicas que nos fazem retornar a um passado que nunca aconteceu. É uma saudade indefinível, sentimento puro, sem conteúdo. Não nos lembramos de nada.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Apenas sentimos. Sentimos a presença de uma ausência... Fernando Pessoa se refere a uma saudade vazia? Saudade é sempre "saudade de". Mas essa saudade é saudade pura, sem ser saudade de coisa alguma. Será possível ter saudades de algo que não foi vivido?. Octávio Paz descreve uma dessas experiências no seu maravilhoso livro O arco e a lira. Ele diz: "Todos os dias atravessamos a mesma rua ou o mesmo jardim; todos os dias nossos olhos batem no mesmo muro avermelhado, feito de tijolos e tempo urbano." (Coisas do primeiro olho!) "De repente, num dia qualquer, a rua dá para um outro mundo, o jardim acaba de nascer, o muro fatigado se cobre de signos." (O segundo olho!) "Nunca os tínhamos visto e agora ficamos espantados por eles serem assim: tanto e tão esmagadoramente reais. Sua própria realidade compacta nos faz duvidar: são assim as coisas ou são de outro modo? Não, isso que estamos vendo pela primeira vez, já havíamos visto antes. Em algum lugar, no qual nunca estivemos, já estavam o muro, a rua, o jardim. E à surpresa segue-se a nostalgia. Parece que nos recordamos e quereríamos voltar para esse lugar onde as coisas são sempre assim, banhadas por uma luz antiqüíssima e ao mesmo tempo acabada de nascer. Um sopro nos golpeia a fronte. Adivinhamos que somos de outro mundo. É a ‘vida anterior’ que retorna..." Mas esse lugar encantado, onde se encontra? Nunca o vimos e, a despeito disso sabemos que é o nosso destino: queremos voltar. Você nunca sentiu isso, uma saudade indefinível de um lugar encantado em que você nunca esteve?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Na sua Ode Marítma, Fernando Pessoa escreve sobre a mesma experiência. De longe ele contempla o cais e seus navios. "E quando o navio larga do cais/ E se repara de repente que se abriu um espaço/ Entre o cais e o navio,/ Vem-me, não sei porquê, uma angústia recente./ Ah, todo o cais é uma saudade de pedra." "Ah, quem sabe, quem sabe,/ Se não parti outrora, antes de mim,/ Dum cais, se não deixei, navio ao sol/ Oblíquo de madrugada,/ Uma outra espécie de porto..." Partir outrora, antes dele mesmo?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Há músicas que nos levam para o tempo "antes de nós mesmos" e para lugares onde nunca estivemos. Talvez o que Ângelus Silésius disse para os olhos possa ser dito também para os ouvidos. "Temos dois ouvidos. Com um ouvimos as coisas do tempo, efêmeras, que desaparecem. Com o outro ouvimos as coisas da alma, eternas, que permanecem."</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A Valsinha do Chico faz isso comigo. O que a Valsinha canta nunca aconteceu. Está fora do tempo. Está fora do espaço. E, no entanto, está no espaço e no tempo da minha alma. A Valsinha é um "pedaço arrancado de mim". Por isso rio e choro ao ouvi-la. Também a Primeira Balada de Chopin, aquela que o pianista triste e esquálido tocou para o oficial alemão no filme O Pianista. A Chacona, de Bach. A sonata Appassionata, de Beethoven, que Lenin dizia ser capaz de ouvir indefinidamente. Oblivion, de Piazzolla, que tanto comovia o Guido, meu amigo querido, que agora mora naquele "lugar onde as coisas são sempre banhadas por uma luz antiqüíssima e ao mesmo tempo acabada de nascer".</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A música tem virtudes médicas. Cura. Nesse tempo em que todo mundo sofre de stress aconselha-se música do estilo new age para acalmar. Comigo música new age não funciona. Tira-me o stress transformando-me em gelatina. Dissolvo-me em águas indefinidas. Quando estou aos pedaços deito-me no tapete da sala e o que quero ouvir é Bach. A música de Bach me estrutura, devolve-me o esqueleto, põe meus pedaços no lugar. O Bach dos corais, não o dos florais... Há música para os mais variados tipos de doença: Mozart. Beethoven. Schumann. Chopin. Brahms, Ravel. Os médicos deveriam receitar aos seus pacientes, junto com os remédios bioquímicos, a música...</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Bom seria se a música clássica se ouvisse nos consultórios médicos, nas escolas, nas fábricas, nos escritórios, nas rádios. Há cidades que têm essa felicidade: rádios FM que tocam música clássica o dia inteiro. Infelizmente não é o caso de Campinas. Mas poderia ser... A música clássica desperta, nas pessoas, aquilo que elas têm de melhor e de mais bonito. Música clássica contribui para a cidadania.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Fico triste pensando naqueles que nunca conhecerão esse prazer. Simplesmente porque a possibilidade não lhes foi oferecida. Eu tive a sorte de ter a minha mãe.</div><br />
Fonte do texto: <a href="http://migre.me/QeIB">site Aprendiz</a><br />
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</div><div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="385" src="http://www.youtube.com/embed/PfOpAH2dcEY?rel=0" width="480"></iframe></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2314044052558497513.post-22081706320504574492010-05-31T10:40:00.003-03:002012-03-28T22:12:38.260-03:00O Otimismo e a Esperança<div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Hoje não há razões para otimismo. Hoje só é possível ter esperança. Esperança é o oposto de otimismo. Otimismo é quando, sendo primavera do lado de fora, nasce a primavera do lado de dentro.<br />
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Esperança é quando, sendo seca absoluta do lado de fora, continuam as fontes a borbulhar dentro do coração. Camus sabia o que era esperança. Suas palavras: e no meio do inverno eu descobri um verão invencível... Otimismo é alegria por causa de: coisa humana, natural. Esperança é alegria a despeito de: coisa divina. O otimismo tem suas raízes no tempo. A esperança tem suas raízes na eternidade.<br />
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O otimismo se alimenta de grandes coisas. Sem elas, ele morre. A esperança se alimenta de pequenas coisas. Nas pequenas coisas ela floresce. Basta-lhe um morango à beira do abismo. Hoje, é tudo o que temos ao nos aproximarmos do século XXI: morangos à beira do abismo, alegria sem razões. A possibilidade da esperança...</div><b><br />
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<b>autor: Rubem Alves</b>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2314044052558497513.post-8719277933372867812010-05-24T19:21:00.002-03:002012-03-28T22:11:46.379-03:00E como hoje o dia foi indigesto, só a poesia restou... esta aqui acho que me salva:<br />
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O meu olhar é nítido como um girassol,<br />
Tenho o costume de andar pelas estradas<br />
Olhando para a direita e para a esquerda,<br />
E de vez em quando olhando para trás...<br />
E o que vejo a cada momento<br />
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,<br />
E eu sei dar por isso muito bem...<br />
Sei ter o pasmo essencial<br />
Que tem uma criança se, ao nascer,<br />
Reparasse que nascera deveras...<br />
Sinto-me nascido a cada momento<br />
Para a eterna novidade do Mundo...<br />
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Creio no mundo como um malmequer,<br />
Porque o vejo. Mas não penso nele<br />
Porque pensar é não compreender...<br />
O Mundo não se fez para pensarmos nele<br />
(Pensar é estar doente dos olhos)<br />
Mas para olharmos e estarmos de acordo...<br />
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Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...<br />
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,<br />
Mas porque a amo, e amo-a por isso,<br />
Porque quem ama nunca sabe o que ama,<br />
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...<br />
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Amar é a eterna inocência,<br />
E a única inocência não pensar...<br />
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<b>Alberto Caeiro</b><br />
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Ficções do interlúdio [207], II. Em <i>Obra Poética</i>, vol. único.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2314044052558497513.post-75166010843409517062010-05-18T19:27:00.013-03:002012-03-28T22:10:07.376-03:00<i>"Tem horas antigas que ficaram muito mais perto da gente do que outras, de recente data."</i><br />
<b>João Guimarães Rosa</b><br />
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<div style="text-align: justify;">Sempre entendi a vida profissional como um relacionamento. Não basta currículo, cargo ou salário, é necessário "sinergia". Sabe, comunicação pelo olhar? Assim mesmo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E como em todo relacionamento, existem altos e baixos. Até as brigas são idênticas, assim como a reconciliação é a melhor parte. Mas, e se estes momentos desaparecem e tudo entra na rotina? É aquela fase onde você questiona a pessoa e ela te responde com "faça como preferir", "tá bom assim" (mas nem olhou), ou a pessoa viaja e você só percebe quando ela retorna... Ficar na empresa até anoitecer apenas para fazer companhia e preparar um chá, compartilhar problemas... não, isto tudo virou lembrança... a apatia torna-se recíproca e as prioridades ficam invertidas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Você não dorme mais pensando na tomada de decisão equivocada, porque esta preocupação, aos poucos, deixa de existir. Aliás, você não dorme. A insônia assume o lugar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Uns preferem permanecer assim toda uma vida na esperança de que tudo voltará a ser como antes, outros preferem encerrar a relação antes que o produto ou a equipe morra.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Posso chamar isto de divórcio? Se o termo é aplicado não sei, mas sei que dói assim como qualquer fim de relacionamento.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2314044052558497513.post-40043048969931297082010-05-05T21:59:00.008-03:002012-03-28T22:06:17.385-03:00<b>Minha dor é inútil<br />
Como uma gaiola numa terra onde não há aves,<br />
E minha dor é silenciosa e triste<br />
Como a parte da praia onde o mar não chega.</b><br />
<i>Álvaro de Campos</i><br />
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Certa vez, numa tomada de decisão sobre uma possível contratação que eu discordava, meu Diretor disse que intuição de mulher não deveria ser contrariada, porque é batata. E ele estava certo, não falha mesmo.<br />
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Ontem um amigo estava apático (engraçado chamá-lo de amigo, porque não o conheço pessoalmente). Aliás, poucos seriam tão atrevidos de tratá-lo assim, afinal, grandes nomes devem ser tratados de forma diferenciada, de preferência, como mestres. Mas eu tomo esta liberdade porque... hmm.... oras, desde quando carinho pode ser descrito com palavras? Ele é meu amigo e ponto.<br />
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Todos os dias ele repassa links com informações (e da melhor qualidade), mas ontem não. Ontem ele (praticamente o dia todo) escreveu apenas frases, citações, pensamentos soltos. Todos tristes. Ele me disse que estava bem, que era só uma “mudança de vida e trabalho”. Pensei, deve ter perdido alguma concorrência importante, mas isto seria apenas profissional, se a mudança também era de vida, então a coisa era séria. Mas não o questionei, eu pelo menos, gosto de me desligar do planeta quando algo não sai como gostaria.<br />
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Hoje soube o motivo. Minha intuição não falhou, o assunto era sério mesmo. Precisei ler a notícia várias vezes pra “tentar” entender. Mas estava difícil.<br />
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O quê dizer numa hora como esta? Acho que o silêncio é mais apropriado. Não, não é. Um abraço, sabe daqueles bem forte? Isto sim seria apropriado, mas o teletransporte ainda não é uma realidade.<br />
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Só sei que fiquei triste, principalmente por não poder fazer nada. Quem me conhece há mais tempo, sabe o vínculo que tenho com meus professores de longa data. Sou capaz de largar tudo só pra correr até onde um deles estiver caso eu saiba que a “pressão subiu”, ou que algo os aflige. Me lembro que eu sempre dizia que queria guardá-los dentro de uma caixinha pra evitar qualquer problema e mantê-los protegidos, mas a vida não é assim e também seria muito egoísmo de minha parte.<br />
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Neste caso, fica meu abraço (mesmo virtual) e o desejo sincero que você volte, afinal, nada pode parar, de preferência, volte quebrando tudo. Seria uma injustiça privar o mundo de um talento como o seu.Unknownnoreply@blogger.com0